Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Minha foto
Campo Grande, MS, Brazil
Blog informativo dos acadêmicos de Tecnologia em Processos Gerenciais. Aqui você encontrará os últimos acontecimentos, as aulas lecionadas durante a semana, bem como assunto de interesse diversos.

27 de mar. de 2010

Reportagem site G1 Economia e Negócio

BRINQUEDO DESPERTOU ESPÍRITO VENDEDOR DE FRANCISCO SAVIANO, HOJE À FRETE DE CINCO EMPREENDIMENTOS


Economista de formação e empreendedor por vocação, empresário diz que gosta de correr riscos

O empresário Francisco Saviano tem sangue de empreendedor. Desde que era garoto, o gosto pelas vendas esteve no espírito desse paulistano de 38 anos. “Quando eu tinha uns 10 anos de idade, meu pai me levou – junto com meus irmãos - para escolher um brinquedo para o Natal. Ele ficou surpreso que eu escolhi um bingo”, relembra. Alguns meses depois, Saviano começou a promover o bingo no intervalo das aulas, na escola em que estudava no bairro Aclimação, em São Paulo. Valia docinho, moedinha. “Depois de uns quatro dias, o padre da escola veio e chutou meu bingo”, lembra. Ele foi expulso da escola por causa disso.

O brinquedo, contudo, aflorou o tino para vendas de Saviano. No quarteirão de sua casa, na Granja Julieta, Grande São Paulo, começou a vender sucos e geladinhos. Ele relembra que seu pai se irritava quando batiam à campainha perguntando dos geladinhos, nas ocasiões em que o jovem não saía à rua para vendê-los.

Sua vocação o fez estudar economia na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) em São Paulo. Quando terminou a faculdade, seu pai o mandou para Londres para estagiar na empresa de um amigo, onde ficou por seis meses. Quando voltou, já foi trabalhar na empresa do pai, uma fábrica de lâmpadas em Vinhedo, no interior Paulista. Durante três anos, ficou à frente de 400 funcionários.

“Desde o começo, vi que era um negócio complicado, até por concorrer com os chineses, que estavam entrando no mercado”, diz Saviano. Mas o pai não deu ouvidos. “Comecei a ver algumas coisas erradas na empresa envolvendo familiares, alguns desvios que não me agradaram”. Com muito custo, conseguiu convencer o pai e deixou o negócio familiar. Vendeu tudo que tinha em seu nome para construir um capital inicial e investir em seu próprio negócio.

O problema em negócios familiares não é incomum. O consultor do Sebrae São Paulo, José Carmo de Oliveira, diz que os problemas aumentam quando as pessoas misturam profissional e pessoal. “É preciso, em primeiro lugar, separar pessoa física da jurídica. Isso é fundamental. Se ele mistura, o risco é muito maior”, aponta.

Saviano lembra que foi difícil a mudança, porque levava uma boa vida, com muitos bens e alto salário. “Depois disso peguei um Del Rey velho que tinha na casa da minha avó, dei um ‘tapa’ nele e comecei a rodar para cima e para baixo buscando onde investir”. A solução veio do sogro, que estava trabalhando com postos de gasolina. “Na época era um bom negócio”, lembra. Com aproximadamente R$ 80 mil, criou seu primeiro negócio, um posto de gasolina.

O dinheiro começou a retornar rapidamente, e em cerca de seis meses ele já vendeu o empreendimento. Nos próximos anos, começou a montar, operar e logo depois vender postos. A rede chegou a ter 12 unidades. Ele começou a ver novos problemas, parecidos com aqueles que via na empresa do pai, e resolveu sair para trabalhar sozinho. Passou alguns dos negócios para o nome da mulher e foi atrás de outro mercado.

Em 2006 percebeu que a gasolina começou a ficar vulnerável. “Vi um negócio que estava começando forte e achei interessantíssimo, o etanol”, diz. Como tinha amigos e contatos entre pequenos usineiros, resolveu atuar como trader no mercado do etanol. Comprava e vendia para pequenas e grandes empresas e foi ganhando nome no mercado. Com o dinheiro que juntou, então, comprou uma empresa de tecnologia de segurança há cerca de dois anos e meio, a BioTech.

Matéria de Marcus Vínicius Pilleggi
Editora Globo S/A
Grupo D
Kamila de Lima
27 de março de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário